Sem direção...nos últimos dias isso tornou-se uma constância.
Espero que mude porque nem eu mesma estou mais aguentando esse marasmo fatigante.Ahhh!!!!
O blog da dra_dolittle
terça-feira, 14 de maio de 2013
terça-feira, 12 de abril de 2011
Run For Fun!
Dia 19 de março de 2011. Dia de São José. Dia terrivelmente quente e claro, dia da Corrida Run For Fun.
Fiquei bastante ansiosa. Seria a minha primeira competição de corrida de rua. Desde que entrei, achava impossível participar desta quando o professor me avisou no início de Fevereiro que eu também iria correr.
Do jeito que eu estava, corria 1 minuto e pedia pra morrer, não acreditava muito nisso. Mas treinei e minha resistência melhorou demais.
Estava ansiosa e uma semana antes fiquei bem doente. Sinusite, rinite, faringite e todas as ites possíveis, mas fui assim mesmo.
Cheguei cedo e esperei pelos companheiros da Assessoria Esportiva da qual faço parte.
Entramos no Mucuripe e ficamos na concentração antes da largada. Muita gente no local.
Fiquei bastante ansiosa. Seria a minha primeira competição de corrida de rua. Desde que entrei, achava impossível participar desta quando o professor me avisou no início de Fevereiro que eu também iria correr.
Do jeito que eu estava, corria 1 minuto e pedia pra morrer, não acreditava muito nisso. Mas treinei e minha resistência melhorou demais.
Estava ansiosa e uma semana antes fiquei bem doente. Sinusite, rinite, faringite e todas as ites possíveis, mas fui assim mesmo.
Cheguei cedo e esperei pelos companheiros da Assessoria Esportiva da qual faço parte.
Entramos no Mucuripe e ficamos na concentração antes da largada. Muita gente no local.
E durante a espera, um DJ pra animar a galera.
E muita frutinha para recarregar nossas energias antes e após a corrida.
E chegou finalmente as 16:30. Todos foram convocados ao espaço da largada. Fizemos o alongamento e fomos nos posicionar.
Ficamos pelo meio :D
Pois é...vou falar do pivete de azul à direita da foto em algum lugar posteriormente.
A largada é emocionante, principalmente para quem é marinheiro de primeira viagem. Vi a multidão correndo e fui no mesmo embalo.
Saímos da ruazinha de frente do Mucuripe, dobramos em uma rua que é subida e entramos na leste-oeste e fomos até o Dragão do Mar e retornamos. Fiz tudo isso correndo desesperada com a multidão, mas antes mesmo que eu completasse 2 Km eu morri. Pois é...antes de chegar no Marina Park comecei a caminhar. E avistei o cara que seria o campeão da corrida de 10 Km, ela já estava voltando pra completar seus primeiros 5 Km, ou seja metade do percurso. E a cada fiscal que eu passava eu tinha a impressão de que eu estava morta e não sabia...
Eu to nessa foto. Juro.
"Oi, moça. Tudo bem?Está se sentindo bem?"
Tudo tranquilinho...
Pois é...tinha uns paramédicos até gatinhos...estava doida pra ter passado mal.Enfim.
O menino de azul da foto correu o percurso inteiro e fez seus 4 Km quando eu ainda estava no 2,5 Km, Significa! Pois, é...Nesse momento, meu instrutor também estava voltando e me cedeu gentilmente um copo d´água. Resolvi molhar o cabelo antes de bebê-la e o copo estourou na minha cara. Só quem se hidratou foi meu óculos. Até que em fim cheguei num posto de hidratação e tomei água e molhei minha cabeça e peito, deu uma refrescada boa e continuei o percurso. Completei os 3 Km e soube que o primeiro lugar dos 10 Km já estava atrás de mim pra terminar a prova.
E o calor estava escaldante nesse dia. A água evaporava rapidamente. Corri e caminhei bastante. Quando estava nos 500m finais, uma senhora ficou ao meu lado e interagiu...
"Oi!Não aguenta mais correr não?"
Não, estou nas últimas, vou só caminhar até ...
Nem completei direito a frase e a velha correu e cruzou a linha de chegada antes de mim. Sacana!Ganhou uma posição na minha frente!
5 Km em 44 minutos. Até que fui bem, segundo o pessoal da Assessoria. Cheguei e o povo dos 5 Km já haviam chegado todos e ficamos esperando o pessoal dos 10Km. Recarregamos as energias, pegamos as medalhas por prova completada.
Tiramos algumas fotos (ainda hoje espero que alguém me mande!rsrsrsrs) e já era noite. Trocamos de roupa e entramos na boate do Mucuripe.
Pois é...aí não estava muito legal não.
Estava cansada e com vontade de ir embora mas uma menina da Assessoria estava doida pra entrar aí e não tinha como dizer não. E ela queria ir lá pra frente, a gente tentando ir e eu encostando no povo e sentindo o suor deles...arghhh. Até que ela se compadeceu da minha expressão facial e fomos embora.
Tirei algumas lições da corrida. Poderei até me empolgar nas próximas, mas respeitarei meus limites.
Dia 17 de abril vou correr a meia maratona de Fortaleza. Dia 01 de maio tem a da Farmácia Pague Menos. Dia 15 de maio tem a da Infantaria, que estou pensando em me inscrever. Nesses dias estou treinando leve por conta de uma tendinite e dor muscular, mas enfrentarei essas no meu limite. O importante é competir. E que venha as demais e quiçá a São Silvestre de 2012...! :D
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Teste ergométrico?Nãããããoo!
Não sei aonde estava com a cabeça quando fui pedir pra fazer o tal teste ergométrico.
Esse lance de fazer tudo certo, às vezes me deixa enrolada. Deveria ter feito só o ecocardiograma, sei lá. Mas estou tão empolgada em correr que fui atrás disso.
- Roberta, seu exame foi marcado pra amanhã!
- Amanhã, mãe? Mas, eu terei um treino bem legal e...
- Nada de treino, faça isso logo!Outro dia você treina. Cuide logo de sua saúde!
- Ah, tá!Obrigada.
Aí tive que me acostumar com a idéia. Teste simples, né?Só andar na esteira, besteira.
Fui olhar no youtube e entrei em parafuso.
- Ô mãe, não quero fazer esse teste não!
- Porque menina?Você que sabe, mas acho que você deve fazê-lo. Pra ficar mais segura.
- Está certo, mãe.
Fui pra Academia e perguntei ao meu instrutor. Ele explicou que já havia feito e tinha sido bem simples.
- E você não teve que levantar a blusa não?
- Não, não precisou não.
- Ah, certo. É porque vi um vídeo, de um teste mais complexo. Que colocavam uns fios.
- Em mim não fizeram assim não.
- Certo. Eu vou então, vai que o meu é igual ao seu, né?Simples!
Acordei hoje e segui as recomendações. Alimentei-me bem. Vesti minha roupa da academia e fui.
Ao chegar lá já tinha uma fila. Várias pessoas, era por ordem de chegada.
Esperei e não demorou muito a me chamarem. Eu era a mais jovem. A maioria era de idosos.
Me chamaram na sala de preparo.
-O quê?Preparo?
- Sim.
Entrei na sala meio desconfiada.
- Tire a blusa e coloque essa bata. Vou colocar os eletrodos.
- Ah, certo.
Menos mal, meu pânico é ter que levantar a blusa para estranhos. Até para os conhecidos eu detesto!Estava de top, mas mesmo assim. Minha barriga virou bucho, pois é; não está tanquinho. Aí não dá pra estar mostrando pra todo mundo!
Ai como eu queria ter feito esse exame vestida assim!!!
A atendente limpou alguns lugares e colocou os eletrodos. Dois eletrodos no peito e três na barriga.
Entrei na sala e o médico começou a me fazer perguntas. Abriu a bata e colocou os fios nos eletrodos. Até aí menos mal.
O médico era tão simpático quanto esse e...é pois é.
Comecei o teste e ele me avisa que não deu certo. Estava tendo interferência. e ele tirava e colocava os fios. Eu quase morrendo de vergonha já. Desligou o PC e reiniciou.
- É agora vai dar certo. Aí sorriu.
Estava me sentindo assim na esteira
Pois é, continou as perguntas e a esteira começou a aumentar a velocidade.
- Está tudo bem?
- Sim, só um problema.
- Está se sentindo mal?
- Não!Estou ótima. Só com medo da minha calça cair!
- O que? (sorriu). Posso te ajudar?
Não sei se corria na esteira ou da esteira. Jesus! Deu vontade de chorar e ao mesmo tempo rir. Ele estava segurando a minha calça, me ajudando. Chamou a atendente e pediu que ela desse um nó na minha calça.
- Tenta dar um nó na calça ou arranja um cinto!
- Dr. não é melhor grampear a calça dela?
- Não sei se ela concorda!
- Pode trazer, tudo bem.
Não achei que pudesse piorar, mas piorou. Nunca vou esquecer a cena: eu correndo na esteira, o médico segurando na lateral da minha calça e barriga e a atendente tentando grampear sem obter êxito e eu morrendo de medo de ficar ali apenas de calcinha porque se ele não tivesse segurando com certeza haveria caído.
Isso poderia ter sido evitado se eu não tivesse a mania de comprar algumas coisas bem folgadas. Calça pra fazer atividade física tem que ser justa, mas eu não gosto; prefiro mais frouxo. Aí deu no que deu!
Agora aprendi, nada de testes ergométricos nos próximos 50 anos!!!
Esse lance de fazer tudo certo, às vezes me deixa enrolada. Deveria ter feito só o ecocardiograma, sei lá. Mas estou tão empolgada em correr que fui atrás disso.
- Roberta, seu exame foi marcado pra amanhã!
- Amanhã, mãe? Mas, eu terei um treino bem legal e...
- Nada de treino, faça isso logo!Outro dia você treina. Cuide logo de sua saúde!
- Ah, tá!Obrigada.
Aí tive que me acostumar com a idéia. Teste simples, né?Só andar na esteira, besteira.
Fui olhar no youtube e entrei em parafuso.
- Ô mãe, não quero fazer esse teste não!
- Porque menina?Você que sabe, mas acho que você deve fazê-lo. Pra ficar mais segura.
- Está certo, mãe.
Fui pra Academia e perguntei ao meu instrutor. Ele explicou que já havia feito e tinha sido bem simples.
- E você não teve que levantar a blusa não?
- Não, não precisou não.
- Ah, certo. É porque vi um vídeo, de um teste mais complexo. Que colocavam uns fios.
- Em mim não fizeram assim não.
- Certo. Eu vou então, vai que o meu é igual ao seu, né?Simples!
Acordei hoje e segui as recomendações. Alimentei-me bem. Vesti minha roupa da academia e fui.
Ao chegar lá já tinha uma fila. Várias pessoas, era por ordem de chegada.
Esperei e não demorou muito a me chamarem. Eu era a mais jovem. A maioria era de idosos.
Me chamaram na sala de preparo.
-O quê?Preparo?
- Sim.
Entrei na sala meio desconfiada.
- Tire a blusa e coloque essa bata. Vou colocar os eletrodos.
- Ah, certo.
Menos mal, meu pânico é ter que levantar a blusa para estranhos. Até para os conhecidos eu detesto!Estava de top, mas mesmo assim. Minha barriga virou bucho, pois é; não está tanquinho. Aí não dá pra estar mostrando pra todo mundo!
Ai como eu queria ter feito esse exame vestida assim!!!
A atendente limpou alguns lugares e colocou os eletrodos. Dois eletrodos no peito e três na barriga.
Entrei na sala e o médico começou a me fazer perguntas. Abriu a bata e colocou os fios nos eletrodos. Até aí menos mal.
O médico era tão simpático quanto esse e...é pois é.
Comecei o teste e ele me avisa que não deu certo. Estava tendo interferência. e ele tirava e colocava os fios. Eu quase morrendo de vergonha já. Desligou o PC e reiniciou.
- É agora vai dar certo. Aí sorriu.
Estava me sentindo assim na esteira
Pois é, continou as perguntas e a esteira começou a aumentar a velocidade.
- Está tudo bem?
- Sim, só um problema.
- Está se sentindo mal?
- Não!Estou ótima. Só com medo da minha calça cair!
- O que? (sorriu). Posso te ajudar?
Não sei se corria na esteira ou da esteira. Jesus! Deu vontade de chorar e ao mesmo tempo rir. Ele estava segurando a minha calça, me ajudando. Chamou a atendente e pediu que ela desse um nó na minha calça.
- Tenta dar um nó na calça ou arranja um cinto!
- Dr. não é melhor grampear a calça dela?
- Não sei se ela concorda!
- Pode trazer, tudo bem.
Não achei que pudesse piorar, mas piorou. Nunca vou esquecer a cena: eu correndo na esteira, o médico segurando na lateral da minha calça e barriga e a atendente tentando grampear sem obter êxito e eu morrendo de medo de ficar ali apenas de calcinha porque se ele não tivesse segurando com certeza haveria caído.
Isso poderia ter sido evitado se eu não tivesse a mania de comprar algumas coisas bem folgadas. Calça pra fazer atividade física tem que ser justa, mas eu não gosto; prefiro mais frouxo. Aí deu no que deu!
Agora aprendi, nada de testes ergométricos nos próximos 50 anos!!!
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Seguro de vida no ESO, pra quê?Nem queira saber...
Depois de certo dia fatidico, resolvi não rir mais de assuntos sérios.
Reunião para o ESO (Estágio Supervisionado Obrigatório) e a coordenadora de estágio começa a falar sobre o ESO, nossos direitos e deveres, seguro de vida...
- Como assim professora?Seguro de vida?Pra que isso?
- Bem, para que vocês fiquem tranquilos aonde estiverem. Muitos de vocês estarão bem longe de casa.
- Professora é muito difícil alguém se acidentar no ESO, francamente...
- Não é nada difícil, somos seres humanos frágeis e estamos sujeitos a isso a qualquer momento!Teve um caso em que a menina morreu.
- kkkkkkkkkkkkkk. Sei não,viu?A pessoa tem tanto tempo e momento pra se acidentar ou morrer e vai acontecer justamente no período do ESO...
Saí da reunião sem acreditar muito na estória da professora.
O primeiro estágio que fiz foi no DNOCS e numa Fazenda que tinha criatório de tilápias em Pentecoste. Foi bem proveitoso, ajudei até no arraçoamento dos peixes!
Reunião para o ESO (Estágio Supervisionado Obrigatório) e a coordenadora de estágio começa a falar sobre o ESO, nossos direitos e deveres, seguro de vida...
- Como assim professora?Seguro de vida?Pra que isso?
- Bem, para que vocês fiquem tranquilos aonde estiverem. Muitos de vocês estarão bem longe de casa.
- Professora é muito difícil alguém se acidentar no ESO, francamente...
- Não é nada difícil, somos seres humanos frágeis e estamos sujeitos a isso a qualquer momento!Teve um caso em que a menina morreu.
- kkkkkkkkkkkkkk. Sei não,viu?A pessoa tem tanto tempo e momento pra se acidentar ou morrer e vai acontecer justamente no período do ESO...
Saí da reunião sem acreditar muito na estória da professora.
O primeiro estágio que fiz foi no DNOCS e numa Fazenda que tinha criatório de tilápias em Pentecoste. Foi bem proveitoso, ajudei até no arraçoamento dos peixes!
Hora de matar a fome das tilapinhas!
Pois é..subia e descia do barquinho, uma vez eu me desequilibrei e quase caí e derrubei vários quilos de ração e 2 funcionários da Fazenda dentro do açude; mas não seria daquela vez.
Voltei pra Fortaleza e iria estagiar em um grande Supermercado, para continuar o meu estudo.
Primeiro dia de estágio no Supermercado e fui acompanhar o recebimento dos peixes na doca. As tilápias chegavam vivas e subi no caminhão pra ver se a oxigenação estava adequada.
Em uma das idas e vindas eu tive o azar de pisar na parte da madeira do piso do caminhão que estava podre. A minha perna afundou e tentava tirá-la e não conseguia. Até que eles quebraram a madeira e a perna pode sair. Eu estava toda de branco. E o sangue escorria pela perna, mas eu não sentia dor, nem tampouco encontrava o ferimento nela. Levaram-me na enfermaria e tiveram que cortar a minha calça (única, por sinal!detesto roupa branca!) pra tentar achar o causador daquele absurdo de sangue...nossa...nunca vou esquecer...vi o buraco na perna, músculo cortado e eu via a minha tíbia, cabia meu celular dentro da cratera formada...A partir daí comecei a sentir dor e a me desesperar: meu Deus eu preciso me formar!!Na mesma hora liguei pra Ticiana pois meus pais estavam no sítio e sabia que ela iria a meu socorro, sem dúvida!
Ticiana me pegou e fomos a um hospital com especialista em Traumatologia mas acho que por ser um sábado ele quisesse sair mais cedo e curtir uma praia porque nos assustou dizendo que eu não aguentaria a sutura e teria que fazer uma anestesia epidural...pois é...saímos de lá à francesa; porque, né?
Até esse momento nada de acionarmos o seguro porque a professora havia dito que só seriam necessários os comprovantes dos procedimentos para o tal.
Resolvemos ir ao Hospital carro chefe de Traumatologia do Ceará, o Instituto Dr. José Frota.
Fomos mal recebidas, mas alguém renomado teria que cuidar da minha perna, já que eu sentia muita dor e essa era a opção mais próxima.
O médico disse que aquilo era uma coisa muito simples pra ser atendido ali (como assim simples?eu sentia muita dor, ora mais!não era a perna dele!) e que eu teria que procurar outro lugar. Ticiana conversou com ele e ele resolveu me atender.
Foram alguns minutos de puro sofrimento. Ele lavou a ferida com bastante soro, eu ia no céu, segurava na ponta dos dedos de São Pedro e voltava. Depois, não contente começou a anestesiar no local da cratera que havia se formado na minha perna...já dessa vez eu ia ao céu e puxava no braço de São Pedro e lhe aplicava beliscões. Chorei bastante, a dor era horrenda, mas depois de alguns minutinhos parecia que eu não tinha mais esse músculo e iniciou-se a sutura...
Ao sair dali meu irmão me esperava pra me levar pra casa. Agradeci ao meu anjo Ticiana e fui embora. Estava louca pra chegar em casa e tomar um banho e ... vi minha casa lá longe...
- Aonde vamos?
- Almoçar.
- Eu não preciso comer, preciso dormir!
- Mas saco vazio não se segura em pé, vamos almoçar algo bem gostoso e te deixo em casa.
- ...
Pois é...já não bastasse essa loucura toda ele me levara à praia, lotada, dia de sábado, com banda de pagode na barraca e tudo e ainda ficava me pedindo pra ser simpática. Eu toda de branco, de calça, suja de sangue e ainda tinha que rir!Acho que a fome ali tinha se revoltado com minha situação e havia fugido. Comi pouco e tive que aguentar a vontade dele querer voltar pra casa, enfim.
Ao chegar em casa só troquei de roupa e deitei-me, forças eu não tinha mais!
Fiquei de molho em casa por 40 dias até me recuperar.Antes disso eu colocava o pé no chão e toda a minha perna inchava. Esse recesso forçado não me atrapalhou na monografia porque ela foi adiada por alguns meses devido a greve da UECE e essa foi a minha sorte!No mesmo dia recebi inúmeras ligações dos amigos preocupados. Foi um telefone sem fio.
- Você caiu do caminhão?
- Você quebrou a perna?
- etc...
Recebi alguns apelidos e o que mais marcou foi o "amiga, manca!"
Depois desse dia tirei duas lições:
1. Nunca zombar de algo sério!
2. Se estou no chão , permaneço. Pra que subir em algo mais alto?
O mais engraçado foi voltar ao estágio e ver que eu havia me tornado popular por ter quebrado o jejum de 6 meses sem acidentes de trabalho e todos queriam saber quem eu era.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
"Luto"
Assim que acordei hoje meu pai me avisou: Roberta, o filho do Jota foi assassinado.
Cuma?
Pois é. Alisson deveria ter uns 23 anos no máximo.
Filho de um vizinho da frente, cheio de problemas na vida; principalmente com o pai dele.
Quando ele apareceu aqui na rua dizia vir da casa da avó que havia falecido. Morava na loja do pai. O pai dele passava o dia na loja e a noite ia pra casa. E ele ficava por aqui. Às vezes eu o via de longe, meu triste.
Certa vez ele me chamou quando eu estava chegando em casa e conversamos bastante. Ele fazia as refeições num quiosque aqui perto. E mamãe gostava de dar lanches a ele.
Só que com o tempo ele começou a ficar diferente. Intimidade é triste. Me esperava na esquina e pedia dinheiro emprestado pra comer, mas nunca me pagou. Dei algumas vezes e depois descobri pelo pai dele que ele era um viciado em drogas. E o dinheiro deveria ser pra manter seu vício. Depois de saber disso sempre negava dar dinheiro. Queria pagar o lanche, mas ele dizia que não queria. De tanto torrar a paciência fui pegando abuso do menino e o evitava.
Ele e o pai sempre brigavam. No meio da rua mesmo.Todo mundo vendo.
Certa vez o pai dele o expulsou da loja e ele ficava rondando aqui. Pedia dinheiro, pedia comida e ia vivendo pela rua mesmo, a vizinhança o ajudava; mas o pai dele não. Não pagava mais sua conta no quiosque. E assim se passaram os dias, meses e anos.
Soube que ele apareceu com alguns caras de má índole, roubaram o quiosque e ainda ameaçaram de morte o garçon que muitas vezes o ajudou.
O garçon foi-se embora. E ele depois disso sumiu também.
As últimas notícias é que era assaltante. Vivia roubando o povo numa rua aqui perto. Eu nunca passei por lá.
Hoje soubemos de sua morte. Encontraram-no morto dentro do quartinho que ele estava morando no bairro vizinho. Isso foi matéria dos programas policiais que meus pais adoram assistir.
Não vi o programa mas meus pais me contaram.
A senhora contou que ele tentava sair das drogas, pediu que ela o ajudasse. Ela ainda não tinha conseguido um tratamento pra ele; mas estava na luta. Ela havia cedido o quartinho vizinho a casa dela pra ele e que ele era um rapaz bom. Nunca havia desrespeitado ninguém da casa dela, mas na madrugada alguém o matou.
Foram 8 tiros.
Ninguém sabe de nada. Ele estava até tentando ganhar uns trocados aqui e ali, mas era pra comprar o crack. Não conseguia se libertar.
Mas o pior de tudo foi saber que o pai não foi lá vê-lo. O IML levou o corpo e o pai não quis nem saber, talvez tenha sido enterrado como indigente.
Hoje senti muita pena. Ele era jovem, cheio de vida e o vi desmoronar.
Espero que um dia o pai dele aprenda que não é só colocar filhos no mundo; mas dar a eles estrutura e amor incondicional.
Estou chocada com tudo isso até agora. E com certeza não vou conseguir dormir.
Notícia sobre ele no blog da Jangadeiro: http://jangadeiroonline.com.br/policia/usuario-de-drogas-e-assassinado-com-oito-tiros-dentro-de-casa-113930/
Cuma?
Pois é. Alisson deveria ter uns 23 anos no máximo.
Filho de um vizinho da frente, cheio de problemas na vida; principalmente com o pai dele.
Quando ele apareceu aqui na rua dizia vir da casa da avó que havia falecido. Morava na loja do pai. O pai dele passava o dia na loja e a noite ia pra casa. E ele ficava por aqui. Às vezes eu o via de longe, meu triste.
Certa vez ele me chamou quando eu estava chegando em casa e conversamos bastante. Ele fazia as refeições num quiosque aqui perto. E mamãe gostava de dar lanches a ele.
Só que com o tempo ele começou a ficar diferente. Intimidade é triste. Me esperava na esquina e pedia dinheiro emprestado pra comer, mas nunca me pagou. Dei algumas vezes e depois descobri pelo pai dele que ele era um viciado em drogas. E o dinheiro deveria ser pra manter seu vício. Depois de saber disso sempre negava dar dinheiro. Queria pagar o lanche, mas ele dizia que não queria. De tanto torrar a paciência fui pegando abuso do menino e o evitava.
Ele e o pai sempre brigavam. No meio da rua mesmo.Todo mundo vendo.
Certa vez o pai dele o expulsou da loja e ele ficava rondando aqui. Pedia dinheiro, pedia comida e ia vivendo pela rua mesmo, a vizinhança o ajudava; mas o pai dele não. Não pagava mais sua conta no quiosque. E assim se passaram os dias, meses e anos.
Soube que ele apareceu com alguns caras de má índole, roubaram o quiosque e ainda ameaçaram de morte o garçon que muitas vezes o ajudou.
O garçon foi-se embora. E ele depois disso sumiu também.
As últimas notícias é que era assaltante. Vivia roubando o povo numa rua aqui perto. Eu nunca passei por lá.
Hoje soubemos de sua morte. Encontraram-no morto dentro do quartinho que ele estava morando no bairro vizinho. Isso foi matéria dos programas policiais que meus pais adoram assistir.
Não vi o programa mas meus pais me contaram.
A senhora contou que ele tentava sair das drogas, pediu que ela o ajudasse. Ela ainda não tinha conseguido um tratamento pra ele; mas estava na luta. Ela havia cedido o quartinho vizinho a casa dela pra ele e que ele era um rapaz bom. Nunca havia desrespeitado ninguém da casa dela, mas na madrugada alguém o matou.
Foram 8 tiros.
Ninguém sabe de nada. Ele estava até tentando ganhar uns trocados aqui e ali, mas era pra comprar o crack. Não conseguia se libertar.
Mas o pior de tudo foi saber que o pai não foi lá vê-lo. O IML levou o corpo e o pai não quis nem saber, talvez tenha sido enterrado como indigente.
Hoje senti muita pena. Ele era jovem, cheio de vida e o vi desmoronar.
Espero que um dia o pai dele aprenda que não é só colocar filhos no mundo; mas dar a eles estrutura e amor incondicional.
Estou chocada com tudo isso até agora. E com certeza não vou conseguir dormir.
Notícia sobre ele no blog da Jangadeiro: http://jangadeiroonline.com.br/policia/usuario-de-drogas-e-assassinado-com-oito-tiros-dentro-de-casa-113930/
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Dormente...
Nossa...juro que estou com muito medo desse tal futuro.
Às vezes entro no Orkut e/ou Facebook e tem alguém querendo me adicionar, da minha turma da 7ª série, do 3º ano e já fico em parafuso; dá vontade de não aceitá-los, mas aí relembro nossos momentos de outrora e relevo. Vou espiar seus perfis e fico paranóica.
Evito olhar as atualizações desse povo, porque vejo o quanto o pessoal da "minha época" evoluiu e eu não consegui evoluir o tanto quanto deveria.
Albuns dos filhos...das viagens...frases : "Passei no concurso!"
Revejo as fotos deles antigas e as atuais e me deixa em pânico. Se eles estão velhos assim, eu não também não estou diferente. Gente...eu envelheci...e olhar-me no espelho torna-se mais difícil.
Estou sentindo-me como uma semente que ainda não quebrou a sua dormência. Os pensamentos se embaralham. Não me reconheço mais. Sou alguém estranho à minha própria natureza.
Tento incutir a letra da música "Filtro solar", mas ela não se adere ao meu pensamento.
Reencontrar-me com esse povo é uma tortura. Ultimamente estou inventando viagens nos dias dos encontros só para não vê-los. As conversas são diferentes. É um povo cheio de compromissos, de problemas mais elaborados. E a minha vidinha torna-se medíocre. Sem muita emoção se comparada à deles. E acabo sentindo-me uma idiota primária sem graça. O que eu poderia contar de interessante? Não sei. Eles não têm tempo pra muita coisa. E eu tenho tempo de sobra. Isso está me transformando em uma criatura que eu não gostaria de ser. Estou ficando amarga, menos gentil e mais intolerante. Estou perdendo a vontade de estar perto das pessoas que amo, com medo do estrago que eu possa fazer; pelo simples fato de estar por perto. Espero melhorar porque nem eu mesma me aguento mais.
Às vezes entro no Orkut e/ou Facebook e tem alguém querendo me adicionar, da minha turma da 7ª série, do 3º ano e já fico em parafuso; dá vontade de não aceitá-los, mas aí relembro nossos momentos de outrora e relevo. Vou espiar seus perfis e fico paranóica.
Evito olhar as atualizações desse povo, porque vejo o quanto o pessoal da "minha época" evoluiu e eu não consegui evoluir o tanto quanto deveria.
Albuns dos filhos...das viagens...frases : "Passei no concurso!"
Revejo as fotos deles antigas e as atuais e me deixa em pânico. Se eles estão velhos assim, eu não também não estou diferente. Gente...eu envelheci...e olhar-me no espelho torna-se mais difícil.
Estou sentindo-me como uma semente que ainda não quebrou a sua dormência. Os pensamentos se embaralham. Não me reconheço mais. Sou alguém estranho à minha própria natureza.
Tento incutir a letra da música "Filtro solar", mas ela não se adere ao meu pensamento.
Reencontrar-me com esse povo é uma tortura. Ultimamente estou inventando viagens nos dias dos encontros só para não vê-los. As conversas são diferentes. É um povo cheio de compromissos, de problemas mais elaborados. E a minha vidinha torna-se medíocre. Sem muita emoção se comparada à deles. E acabo sentindo-me uma idiota primária sem graça. O que eu poderia contar de interessante? Não sei. Eles não têm tempo pra muita coisa. E eu tenho tempo de sobra. Isso está me transformando em uma criatura que eu não gostaria de ser. Estou ficando amarga, menos gentil e mais intolerante. Estou perdendo a vontade de estar perto das pessoas que amo, com medo do estrago que eu possa fazer; pelo simples fato de estar por perto. Espero melhorar porque nem eu mesma me aguento mais.
sábado, 25 de dezembro de 2010
Nem sei se existe...
Hoje foi o dia de reassistir alguns de meus filmes favoritos..
E cada vez que os assisto, identifico-me com as personagens. Fico imaginando e querendo que minha vida seja igual a essas comédias românticas.
Senti uma saudade imensa de alguém que nem eu mesma sei se existe. Dizem que em algum lugar do mundo alguém nos espera. Se não nos conhece ainda, o universo conspira a favor e um dia a gente se encontra. Hoje eu senti um medo tão grande...e se essa pessoa que eu tanto espero tiver morrido?Aí eu nunca saberei quem ela seja? Queria poder sonhar com ela, ver o seu rosto pelo menos uma vez na vida. Senti um desespero, um vazio. Espero que hoje não tenha sido o enterro dela e eu esteja sentindo todo esse pesar, essa sensação de estar sozinha; apesar de ter várias pessoas ao meu redor.
Não sei se é loucura...mas hoje eu precisei demais de você. Achei que nunca precisaria de alguém pra me sentir completa, mas você fez falta e ninguém conseguiu preencher esse vazio. Meditei bastante, mas nenhum som que me remetesse à você ecoou no meu espírito...venha depressa, não sei se suportarei essa espera infinita.
Penso no futuro. Penso em conhecer o mundo, mas não queria conhecê-lo sozinha! Meus amigos têm suas companhias e às vezes sinto necessidade em ter alguém também. Meu amor, aonde quer que você esteja venha logo...e se não fizer mais parte desse plano, apareça em meus sonhos...
...preciso saber aonde você está.
E cada vez que os assisto, identifico-me com as personagens. Fico imaginando e querendo que minha vida seja igual a essas comédias românticas.
Senti uma saudade imensa de alguém que nem eu mesma sei se existe. Dizem que em algum lugar do mundo alguém nos espera. Se não nos conhece ainda, o universo conspira a favor e um dia a gente se encontra. Hoje eu senti um medo tão grande...e se essa pessoa que eu tanto espero tiver morrido?Aí eu nunca saberei quem ela seja? Queria poder sonhar com ela, ver o seu rosto pelo menos uma vez na vida. Senti um desespero, um vazio. Espero que hoje não tenha sido o enterro dela e eu esteja sentindo todo esse pesar, essa sensação de estar sozinha; apesar de ter várias pessoas ao meu redor.
Não sei se é loucura...mas hoje eu precisei demais de você. Achei que nunca precisaria de alguém pra me sentir completa, mas você fez falta e ninguém conseguiu preencher esse vazio. Meditei bastante, mas nenhum som que me remetesse à você ecoou no meu espírito...venha depressa, não sei se suportarei essa espera infinita.
Penso no futuro. Penso em conhecer o mundo, mas não queria conhecê-lo sozinha! Meus amigos têm suas companhias e às vezes sinto necessidade em ter alguém também. Meu amor, aonde quer que você esteja venha logo...e se não fizer mais parte desse plano, apareça em meus sonhos...
...preciso saber aonde você está.
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